Alunos e professores da Univali desenvolvem canoa movida a energia solar. Ubá Suy Aram será usada em competições

ENERGIA LIMPA

Alunos e professores da Univali desenvolvem canoa movida a energia solar. Ubá Suy Aram será usada em competições

Divulgação Canoa tem seis metros de comprimento, 1,17 metro de largura e possui casco moldado em isopor Estudantes, técnicos e professores do curso de Tecnologia em Construção Naval da Univali, em Itajaí, desenvolveram uma canoa movida a energia solar. A embarcação individual foi batizada de Ubá Suy Aram (Canoa do Sol, em tupi-guarani) e ainda está em fase de testes, mas já participa de competições. Roberto Barddal, coordenador do curso, explica que o veículo possui seis painéis fotoelétricos que captam a luz do sol e a transformam em energia elétrica. “Essa energia é o que move a canoa. O excedente fica armazenado em baterias”, explica, em entrevista ao Noticenter. A canoa, que custou R$ 15 mil, tem seis metros de comprimento, 1,17 metro de largura e possui o casco moldado em um único bloco de isopor, recoberto por fibra de vidro, o que a deixa mais leve do que outras embarcações. Ela foi testada durante o Desafio Solar Brasil, primeira competição brasileira de barcos movidos à energia solar, que ocorreu em Paraty (RJ) no início do mês. A Ubá Suy Aram, que tem um motor de 400 watts, percorreu 120 quilômetros e chegou a atingir 9km/h. Terminou a disputa na quarta posição. O resultado, no entanto, é o que menos importa para Barddal, que revela que o objetivo da competição não é ver quem é o melhor. “Lá se troca muita informação com outras instituições”, destaca. Passada a competição no Rio de Janeiro, agora a equipe volta à mesa de projetos. João Luiz Baptista Carvalho, diretor do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar) da Univali, anuncia que o próximo passo é aplicar um motor mais potente. “Não adianta ter um motor muito potente porque senão ele gasta muita energia e não vamos conseguir terminar as provas. Temos que achar um equilíbrio”, avalia. De acordo com Barddal, a importância do desenvolvimento da embarcação está no estímulo à busca de novas tecnologias e soluções para uma navegação sustentável. “Além de unir pessoas em torno de uma ideia, a produção de uma embarcação movida à energia solar motiva o surgimento de avanços que podem ser utilizados, futuramente, na navegação comum”, acredita. Matéria publicada em 17/11/2010 Fonte: http://www.noticenter.com.br/noticia/?COD_NOTICIA=13269